Sempre Coca Cola
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O modo "suave" de se fazer propaganda já podia ser apreciado no início do século. Da patentiação da garrafa contour (aquela de vidro) até as Olimpíadas de Amsterdã, em 1928, tudo de chamativo e popular ganhava sua versão merchandising. Até na Segunda Guerra Mundial os executivos da Coca- Cola viram um grande investimento: o presidente da empresa determinou que a Coca-Cola fosse vendida a US$ 0.05 para todo "combatente norte-americano onde quer que esteja em qualquer parte do mundo!".
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E é a partir desse conflito que a coisa começa a feder. Não aqueles cartazes ridículos mostrando casais felizes, mas sim a dominação do Mundo Capitalista pelo refrigerante, sem exagero nenhum. Hoje, a cada dez segundos, mais de cem mil pessoas tomam algum produto The Coca- Cola Company e são vendidos um bilhão de refrigerantes por dia. Até na China ou na Arábia Saudita encontram- se garrafas contour com o xarope e até versões genéricas do líquido, como a Mecca Cola dos mulçumanos e a Cola Turka, contra- ofensiva à invasão do Iraque pelos Estados Unidos.
O mais negro da história da empresa é que os usuários de Coca- Cola não largam o produto por nada, mesmo sabendo dos perigos que ele oferece, devido às incessantes propagandas do refrigerante na televisão ou em qualquer outro lugar que atinja milhões de pessoas (as últimas Olimpíadas mais pareciam um programa sobre a Coca intercalando pequenos intervalos com algum evento esportivo). O consumo desenfreado do líquido, devido à cafeína e ao ácido- fosfórico, causa nervosismo, cefaléia, irritabilidade, agitação, tremores, fraturas ósseas e tantos outros problemas que atacam principalmente os maiores consumidores do refrigerante, as crianças. O difícil é convecê- las de que não se deve tomar veneno no café da manhã.