sexta-feira, março 25, 2005

Então é Páscoa. E daí?

O que o entrave medicinal, geração de filhos mal planejada, proliferação de doenças sexualmente transmissíveis, dependência financeira, alienação crítica e preconceito racial e sexual têm em comum? Nem é preciso pensar muito, a única coisa que liga todos esses tópicos negativos só podia ser uma mesmo: a religião.

Ela vem sendo e foi durante toda a história o principal fator que inibe a melhora de uma sociedade. Pegando um dos maiores impérios da Antiguidade, o egípcio, assustamos- nos com a falta de raciocínio que o politeísmo deles causava. Tudo tinha seu porquê, até a chuva não era chuva, e sim lágrimas da deusa Isis. Hoje se uma enchente mata uma família inteira, é porque Deus quis. Pessoas fracas usam desculpas como essa para mascararem suas vidas medíocres.

Image hosted by Photobucket.com

A fé está muito longe de ser boazinha, não só por causa de padres pedófilos. No próprio Egito os sacerdotes usufruíam de grande poder político, deixando todos os elementos da sociedade a seu favor. Nem é preciso tocar na Igreja Católica da Idade Média, pois qualquer pessoa que tenha cursado o 1º Grau lembra das aulas de história sobre essa linda instituição (ou seria empresa?).

E é a Igreja Católica que hoje mais atazana a vida das pessoas comuns. É papa dando palpite em assuntos sobre células- tronco, aborto, camisinha... um horror como pontífices fogem para assuntos que não lhes dizem respeito. Existem também os filhos da Igreja Católica, que cobram para seus fiéis rezarem. Pessoas sem o menor caráter exploram pessoas sem a menor inteligência. Até um agnóstico fica revoltado com pastores da linha Edir Macedo.

Image hosted by Photobucket.com

Para não pegar muito no pé do cristianismo, outras religiões também mostram como são tortas. Um ótimo exemplo é o Islamismo, cujo fundador se casou por interesse com uma velha rica e criou seus preceitos de acordo com os comerciantes de uma das maiores cidades árabes, Mecca. Maomé fez, ao criar a religião muçulmana, o maior empreendimento mercantil da história.

Crentes costumam defender sua fé através de eventos surpreendentes que acontecem por aí, como no meio de um acidente aéreo apenas uma criança sobreviver. Ora, se existia uma chance disso acontecer, nem que seja 1/1.000.000, isso poderia ocorrer. É a pura e simples matemática.

Vivemos hoje no século XXI e não podemos mais perder tempo com assuntos banais nem com pessoas banais detentoras de grande poder. Precisamos buscar nosso desenvolvimento técnico e científico, algo que se retardará com a fé ao lado. Ao longo dos milênios as religiões foram deixando de ter vários deuses para hoje terem apenas um. Já passou da hora desse número chegar a zero.

domingo, março 06, 2005

O Pior do Brasil é o Brasileiro

Imaginem o território brasileiro sem nós, os brasileiros: praias lindas e limpas, verde para todos os lados, tranqüilidade, fauna exuberante. Tudo do bom e do melhor, com uma fartura que só florestas como a da Amazônia e a Mata Atlântica poderiam proporcionar. Agora pensem como nós deixamos essas terras: praias sujas, água do mar poluída, desmatamento, assaltos, trombadinhas, tráfico de animais silvestres, políticos. Políticos! Quando pensamos no Brasil sem nós criamos a imagem do filme A Lagoa Azul, sem os europeus malvados nem o casalsinho idiota. Já reproduzindo as cenas da nossa pátria povoada imaginamos algo Cidade de Deus (ohh) ou algum filme pré-apocalíptico hollywoodiano. Sem os brasileiros o Brasil seria a tradução da palavra paraíso. Com nós, a representação fiel do inferno.

Image hosted by Photobucket.com

Todos os dias vemos nos noticiários tragédias urbanas nacionais, como assaltos, tiroteios, corrupção, eleição da presidência da câmara e por aí vai. Chegamos a um estado tão ridículo de humanidade que nem nos chocamos mais com algum assassinato ou escândalo de nossos governantes. O brasileiro já está protegido contra essas bobeirinhas. Hoje tem que ser algo faraônico para nos prender a atenção; não são suficientes balas perdidas, elas têm que acertar umas 20 criancinhas para ganharem notoriedade.

E faraônicas eram as riquezas minerais brasileiras até que demos conta de sugá- las. É difícil acreditar, mas um dia o Brasil foi um país rico. Mas nós conseguimos detonar o ouro, cortar o pau-brasil, queimar a Amazônia, industrializar a Mata Atlântica, jogar bosta no Atlântico ... se existe uma coisa que nós fazemos bem é nos auto- destruir.

Também somos geniais na arte de escolher o caminho mais fácil, e não menos preguiçoso, para resolvermos nossos problemas. O jeitinho brasileiro conseguiu se tornar mais famoso que o american way of life. Até criamos nosso próprio código de leis, separando aquelas que devemos seguir daquelas que são "desrespeitáveis".

Image hosted by Photobucket.com

Mas ainda podemos salvar o Brasil, se tivermos dignidade, claro. Devemos separar nossa miscigenada população e rumarmos de volta a nossas raízes. Catarinenses para a Alemanha, descendentes de Portugal regressarem para a terrinha e índios re-atravessarem o estreito de Bering e caçar o caminho da África. Nem precisamos nos preocupar em deixar a casa em ordem, o tempo fará isso pela gente. Com o tempo as matas vão retomando seu lugar, as árvores vão crescendo outra vez, os rios vão ficando limpos... aí sim vamos dizer com orgulho: um dia moramos no paraíso!

domingo, fevereiro 27, 2005

Sempre Coca Cola

Em 1886 o farmacêutico John Pemberton, de Atlanta, ao procurar a cura para as dores de cabeça (!), chega a um xarope amarelado que, anos mais tarde, se tornaria o maior refrigerante e uma das maiores forças políticas de todo o mundo: a Coca- Cola. O copo da bebida começou a ser vendido em farmácias por US$ 0.05, até que o primeiro marketeiro da história, Asa Candler, transformou a invenção em um grande negócio, através de todos aqueles badulaques tão conhecidos na parte ocidental do globo: relógios, cupons, calendários... tudo com a marca The Coca- Cola Company.

O modo "suave" de se fazer propaganda já podia ser apreciado no início do século. Da patentiação da garrafa contour (aquela de vidro) até as Olimpíadas de Amsterdã, em 1928, tudo de chamativo e popular ganhava sua versão merchandising. Até na Segunda Guerra Mundial os executivos da Coca- Cola viram um grande investimento: o presidente da empresa determinou que a Coca-Cola fosse vendida a US$ 0.05 para todo "combatente norte-americano onde quer que esteja em qualquer parte do mundo!".

E é a partir desse conflito que a coisa começa a feder. Não aqueles cartazes ridículos mostrando casais felizes, mas sim a dominação do Mundo Capitalista pelo refrigerante, sem exagero nenhum. Hoje, a cada dez segundos, mais de cem mil pessoas tomam algum produto The Coca- Cola Company e são vendidos um bilhão de refrigerantes por dia. Até na China ou na Arábia Saudita encontram- se garrafas contour com o xarope e até versões genéricas do líquido, como a Mecca Cola dos mulçumanos e a Cola Turka, contra- ofensiva à invasão do Iraque pelos Estados Unidos.

O mais negro da história da empresa é que os usuários de Coca- Cola não largam o produto por nada, mesmo sabendo dos perigos que ele oferece, devido às incessantes propagandas do refrigerante na televisão ou em qualquer outro lugar que atinja milhões de pessoas (as últimas Olimpíadas mais pareciam um programa sobre a Coca intercalando pequenos intervalos com algum evento esportivo). O consumo desenfreado do líquido, devido à cafeína e ao ácido- fosfórico, causa nervosismo, cefaléia, irritabilidade, agitação, tremores, fraturas ósseas e tantos outros problemas que atacam principalmente os maiores consumidores do refrigerante, as crianças. O difícil é convecê- las de que não se deve tomar veneno no café da manhã.

domingo, fevereiro 20, 2005

Stones taught me to fly

Se você que está lendo esse texto acompanha um pouco de cinema ou já foi ver o filme Closer ou conversa um pouco comigo, com certeza já está de saco cheio de ouvir falar em um tal de Damien Rice. Também, o cara é foda. Ele nasceu na Irlanda da década de 70 e depois de montar uma banda sem sucesso (Juniper) saiu vagando pela Europa em 1999. Um ano depois, de volta a seu país e cheio de idéias na cabeça, gravou um demo e encantou o compositor e produtor David Arnold (Bjork, James Bond), que deu uma guinada na carreira de Damien.

Lançou a música The Blower's Daughter (a do filme) em setembro de 2001, alcançando grande sucesso. Seu primeiro e até agora único cd chegou em fevereiro de 2002 com elogios rasgados de crítica e público. Mesmo tendo três anos, só agora que O (nome do álbum), devido a estréia de Perto Demais no circuito nacional, está sendo descoberto pelos brasileiros.


O cd é uma obra prima. Eu não estou exagerando. As músicas são emocionantes, tristes, inteligentes. Bem diferente também: muita orquestração, violino, cello, soprano (!) ... destaque para a voz triste de Lisa Hannigan, com quem Damien divide o vocal em algumas músicas. Infelizmente só se pode ouvir Damien Rice pelo seu site ou baixando pela internet. O ainda não está a venda no Brasil e importá- lo não sai por menos de R$70.


Além de The Blower's Daughter, ganham destaque entre as composições do irlandês Cannonball, Volcano e Delicate (as letras dessas músicas seguem em baixo). Acham- se alguns clips dele ao vivo pela internet, e dá para se ter uma idéia melhor do que eu estou falando aqui. De curiosidade vale ouvir a versão dele para o sucesso I Still Haven't Found ... de seus conterrâneos do U2 (baixe aqui a música. No final tem um trecho de The Blower's...)
______________________________________________________________
Volcano

Don't hold yourself like that
You'll hurt your knees
I kissed your mouth and back
But that's all I need
Don't build your world around volcanoes melt you down

What I am to you is not real
What I am to you you do not need
What I am to you is not what you mean to me
You give me miles and miles of mountains
And I'll ask for the sea

Don't throw yourself like that
In front of me
I kissed your mouth your back
Is that all you need?
Don't drag my love around volcanoes melt me down

What I am to you is not real
What I am to you you do not need
What I am to you is not what you mean to me
You give me miles and miles of mountains
And I'll ask for what I give to you
Is just what i'm going through
This is nothing new
No no just another phase of finding what I really need
Is what makes me bleed
And like a new disease she's still too young to treat
Volcanoes melt me down
She's still too young
I kissed your mouth
You do not need me
--------------------------
Delicate

We might kiss when we are alone
When nobody's watching
We might take it home
We might make out when nobody's there
It's not that we're scared
It's just that it's delicate

So why do you fill my sorrow
With the words you've borrowed
From the only place you've know
And why do you sing Hallelujah
If it means nothing to you
Why do you sing with me at all?

We might live like never before
When there's nothing to give
Well how can we ask for more
We might make love in some sacred place
The look on your face is delicate

So why do you fill my sorrow
With the words you've borrowed
From the only place you've know
And why do you sing Hallelujah
If it means nothing to you
Why do you sing with me at all?

So why do you fill my sorrow
With the words you've borrowed
From the only place you've know
And why do you sing Hallelujah
If it means nothing to you
Why do you sing with me at all?
---------------------------------
Cannonball

Still a little bit of your taste in my mouth
Still a little bit of you laced with my doubt
Still a little hard to say what's going on

Still a little bit of your ghost your witness
Still a little BIT of your face I haven't kissed
You step a little closer EACH DAY
Still I can't SAY what's going on

Stones taught me to fly
Love taught me to lie
Life taught me to die
So it's not hard to fall
When you float like a cannonball

Still a little bit of your song in my ear
Still a little bit of your words I long to hear
You step a little closer TO ME
So close that I can't see what's going on

Stones taught me to fly
Love taught me to lie
Life taught me to die
So it's not hard to fall
When you float like a cannon

Stones taught me to fly
Love taught me to cry
So come on courage!
Teach me to be shy
'Cause it's not hard to fall
And I don't WANNA scare her
It's not hard to fall
And I don't wanna lose
It's not hard to grow

sábado, fevereiro 19, 2005

O menino que sobreviveu

Bom, faz um tempo que eu pedi para uma grande amiga minha escrever um texto sobre o Harry Potter, assunto que ela entende de a a z e eu simplismente conheço nada. Ela atendeu meu pedido na hora mas eu fiquei enrolando a postagem. Então, primeiro eu quero pedir desculpas pela demora para ela, e segundo, agradecer a sua boa (eu diria ótma) vontade. Ah, o nome dela é Suzanne. Muito obrigado mesmo.

Falar de Harry Potter é um assunto que leva aos extremos, alguns não podem ouvir falar, outros já amam... a história de Harry é bem mais complexa do que mostram os filmes, que como sempre não são totalmente fiéis aos livros. Estes sim nos passam as emoções e claro, informações necessárias para realmente gostarmos e apreciarmos a complexidade da história desse bruxinho.

O primeiro livro, Harry Potter e a Pedra Filosofal, nos conta a história do primeiro ano de Harry em Hogwarts, a escola de magia. A escritora J.K. Rowling soube misturar aventura, ficção e drama numa história que é simplesmente fascinante. Harry é criado por trouxas (pessoas que não são bruxas) até os seus 11 anos: seu tio Válter, tia Petúnia e o filho deles Duda Dursley, que cá entre nós é o pior primo que poderia existir na face da Terra, já que perseguiu Harry durante toda sua vida, além do fato de seus tios lhe darem para vestir as roupas velhas de Duda e seu quarto ser o armário embaixo da escada.

Bom, o pior de tudo vem agora. Harry passou sua vida sem saber sua verdadeira identidade, acreditando que seus pais haviam morrido num acidente de carro, enquanto na verdade Lílian e Tiago Potter haviam sido brutalmente assassinados pelo bruxo das trevas mais perverso e mais cruel de todos os tempos: Lord Voldemort. Assim seria sua sina também, se Lílian não tivesse morrido para salvar seu filho daquele-que-não-deve-ser-nomeado, como muitos o preferem chamar com medo da simples pronúncia de seu nome.

Neste primeiro ano Harry descobre magias, feitiços, inimigos, quadribol (o esporte mais espetacular que poderia ser inventado, é jogado por sete pessoas, cada uma com sua função, mas todos ficam suspensos no ar com suas vassouras, atirando a goles ou defendendo os balaços ou ainda procurando o pomo de ouro, função do nosso querido bruxinho) e claro, muitos amigos e pessoas que se importam com ele, como Rony e Hermione, seus melhores amigos, ou Dumbledore, diretor da escola, e Hagrid, guarda-caça e guardador das chaves de Hogwarts (dono de um indiscutível e estranho gosto por criaturas selvagens; seria mais estranho se não soubéssemos que em suas veias há sangue de um gigante).

Vive cinco anos de lutas e emoções, lutando contra Voldemort, descobrindo os prazeres do espelho de ojesed, enfrentando dementadores, produzindo seu próprio patrono (com apenas 13 anos de idade), descobrindo paixões como Cho Chang e se aventurando intensamente numa escola totalmente fantástica, com escadas que mudam de lugar, quadros que se mexem e com fantasmas por todos os lados (isso sem falar sobre os bichos-papão, os vampiros e várias outras criaturas sensacionais, como Dobby, o elfo doméstico mais fofo que se pode imaginar).



J. K. não poupa criatividade e a cada livro nos surpreende cada vez mais, com histórias que mexem com a nossa imaginação e nossa criatividade chegando ao ponto de nos fazer confundir ficção e realidade (parece ridículo, mas é a pura verdade! Experimentem ler cada um dos cinco livros três vezes!).

Harry Potter e a Câmara Secreta, Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban, Harry Potter e o Cálice de fogo e Harry Potter e a Ordem da Fênix; essa é a distribuição dos livros que já foram lançados (além do já citado Harry Potter e a Pedra Filosofal) e J. K. Rowling já revelou o título do sexto livro: Harry Potter e o Príncipe Mestiço. A única revolta é que aqui no Brasil o livro só chega em Dezembro... até lá, só expectativas.

sexta-feira, fevereiro 11, 2005

Top 5 High Sweet River

Bom, agora que acabou o Carnaval e tranquilidade assim só fevereiro 2006, resta- nos contabilizar os gastos, pagar as divídas e voltar à velha e ordinária rotina. Mas primeiro, olhar para essa última semana e ver tudo que fizemos de errado, e muito bom por sinal, durante esses quatro dias. O que eu posso dizer é nada demais, a não ser um certo poste em meu caminho, ou melhor, na minha cabeça. Em Alto Rio Doce faltava água, luz, telefonia pública e blá blá blá, mas mesmo assim foi muito bom. Mais interessante foram as músicas mais tocadas lá. Eis aí o top 5.

5º Lugar – Ivete Sangalo – Céu da Boca

Essa era barbada. Começou a tocar pouco tempo antes do Carnaval e já era aposta certa pelos bolões de todo o país, se é que existiam tais. Talvez um pouco de decepção pois esperava- se uma colocação melhor.



4º Lugar – Jammil – Praiero

Ele emplacaria algum, não se sabia qual. Tocou- se a mais famosa mesmo, deixando Fórmula do Amor e o polêmico Lança esquecidos. Praiero já enjoou há muito tempo, o Jammil deveria ser solteiro ou guerreiro lá no inferno, mas fazer o quê.



3º Lugar – Babado Novo – Lirirrixa

Essa música talvez até conseguisse ficar no topo, mas foi surpreendida por um fenônemo e por uma chatice sem limites. Perdeu força também pelo tempo de lançamento, já faz algum tempo que Lirirrixa roda por aí. Também era certo que Cláudia Leite não saria de nossos ouvidos durante esses quatro dias, mas não se sabia com o quê.


2º Lugar – Latino – Festa no Ap

Recuso- me a falar sobre esse lixo que infelizmente tocou 26 horas por dia durante essa semana. Basta. Chega!


1º Lugar – Todo Torto – Cowboy Viado

Zebra total. Eu nem tinha ouvido essa "música" antes de chegar em Alto Rio Doce, mas foi ela mesmo que bombeou o local. Estranho que um funk lidere uma lista de Carnaval, mas tudo bem, essa agita o povo mesmo. Para quem não conhece, segue a "letra" dessa "música"

Iai Cowboy Viado!!
Longe de casa faz mais de uma semana...
Aqui você é macho, né?
Mas a gente sabe da sua fama!
Anda pra lá e pra cá...
Com essa sua calça jeans...
Socada no rego...
E ainda que paga de machão!
Monta no cavalo.. e sai com o rabo todo empinado!!

Ae cowboy Viado!!

Senta!! Eu sei que senta!!
Ele senta!! Eu sei que senta!! (3x)
Senta no cavalo só pra levanta o rabo!! (4X)

Iai cowboy viado??
Chapeuzinho dobrado..
E aqui no rodeio.. cheio de querer ser pião!!
Fivela na calça... Engraxa seu sapato...
E paga de machão!!

Senta!! Eu sei que senta!!
Ele senta!! Eu sei que senta!! (3x)
Senta no cavalo só pra levanta o rabo!! (4X)

Iai cowboy viado..
Anda de pickup... com chifre colado no capo...
com a carroceria cheia de macho..
Enquanto isso lá em casa..
a patroa só com o Ricardão!!

Ae cowboy Viado!!

Senta!! Eu sei que senta!!
Ele senta!! Eu sei que senta!! (3x)
Senta no cavalo só pra levanta o rabo!! (4X)

Menções honrosas – Duas músicas eu senti falta. Uma eu esperava ouvir toda hora, mas durante uma semana só a escutei uma única vez. Falo da Fórmula do Amor com o Jammil e o Babado Novo, música batuta pra caramba. A outra eu já imaginava nem ouvir, já que é meio antiga, mas também divertida (putz, eu não acredito que estou falando isso). É a música da Atoladinha (a "letra" segue aí em baixo).

Piririm, piririm, piririm alguém ligou pra mim
Piririm, piririm, piririm alguém ligou pra mim
Quem é?
Sou eu, bola de fogo, e o calor tá de matar
Vai ser na praia da Barra que uma moda eu vou lançar

Vai me enterrar na areia?
Não, não. Vou atolar!
Vai me enterrar na areia?
Não, não. Vou atolar!

Tô ficando atoladinha, tô ficando atoladinha, tô ficando atoladinha
Calma, calma, foguentinha. (3x)

domingo, janeiro 30, 2005

Gente Como a Gente

Alguns filmes a gente assiste. Outros a gente sente. Na verdade essa frase é da própria divulgação do filme, mas não existem palavras no dicionário para descrever melhor essa comovente história sobre um garoto com problemas com sua família. O que dizer a respeito desse filme? Sinceramente é difícil. Ele continua nos acompanhando mesmo depois de algumas horas, fazendo- nos pensar sobre nossa vida e nossa família. A música Canon in D major continua tocando na nossa cabeça por um bom tempo, lembrando a gente do garoto correndo deseperado pelas ruas ou então o mesmo abraçando seu médico em lágrimas.

Esse garoto se chama Conrad Jarrett e perdeu seu irmão mais velho em um acidente de barco, desatre este em que ele também estava. Conrad se deprime, chegando até a tentar suicídio. Sua mãe o trata com indiferença e seu pai mais parece o Bob Esponja: está tudo muito bom, estão todos muito bem, alegria! alegria!. A partir dessa tese começamos a viver a história do garoto, seu relacionamento com os amigos, com as garotas, com os estudos... o diretor estreante Robert Redford nos coloca dentro da casa dos Jarrett, não escondendo os podres dessa família normal como qualquer outra.



É difícil dizer o que torna Gente Como a Gente um excelente filme. Pode ser a direção sublime de Redford, pode ser o roteiro intimista de Alvin Sargent (que também adaptou o excelente Homem Aranha 2), podem ser as atuações soberbas do quarteto principal, pode ser simplismente pelo filme retratar gente como a gente. Podiam ser outras dezenas de coisas passadas a nós durante os 123 minutos, mas é difícil achar algo para destacar. Tudo soma para um belo e tocante resultado final.

O roteiro é adaptado de um livro homônimo de Judith Guest, que ganhou um tom mais pessimista quando foi transportado para a tela. O destaque para o script são os diálogos entre Conrad e Dr Berger e os entre Beth e Calvin, pais do garoto. O ator Timothy Hutton, então com 20 anos, consegue emocionar até o mais durão espectador, sendo a perfeição em cena, não menos que isso. Os atores Donald Sutherland e Mary Tyler Moore não ficam atrás interpretando o resto do resto da família, sendo necessário dizer que por uma cruel ironia Mary Tyler perdeu seu único filho em um acidente com uma arma antes de filmar Gente Como a Gente.

É curioso que um dos primeiros filmes a retratar os problemas das pessoas comuns seja dirigido por um ator mais que acostumado com o glamour das grandes produções hollywoodianas, como Butch Cassidy, Golpe de Mestre e Todos os Homens do Presidente. Mais estranho é ver que em seu trabalho de estréia esse mesmo ator fez algo fantástico, não deixando que um drama sublime não descanbe ao pastelão. Como diz outra frase promocional do filme, tudo está em seu lugar apropriado, exceto o passado. E Gente Como a Gente também está em seu lugar apropriado, no hall dos grandes filmes de todos os tempos.